Método Catártico/Hipnose Segundo a Psicanálise

Método Catártico/Hipnose Segundo a Psicanálise

Antes de tudo é Importante compreender que no decorrer do tempo a Catarse/Hipnose foi sofrendo alterações de acordo com o período histórico e que por meio dela foram surgindo outros meios de tratar problemas psicológicos e o mais fundamental de tudo: o Surgimento da Psicanálise. Confira a seguir alguns pontos importantes sobre as origens da hipnose:

Origens da Hipnose

A hipnose tem raízes profundas na história da medicina ocidental e da psicologia. Diversas culturas antigas recorriam à hipnose como método de cura para diversos males. As primeiras evidências de práticas hipnóticas remontam ao Egito antigo, por volta do século III a.C., onde se descrevem técnicas de passes manuais e fixação do olhar como formas de induzir estados alterados de consciência.

Ao longo de muitos séculos, monarcas e nobres acreditavam possuir a habilidade de curar através do “toque real”, atribuindo essas curas a poderes divinos. Antes do termo “hipnose” ser cunhado, essa prática era conhecida como “magnetismo” ou “mesmerismo”.

O Significado da Catarse

Na arte clássica e na teoria de Aristóteles, a catarse representa uma profunda revelação proporcionada por uma obra de arte, frequentemente através do pathos – uma intensa paixão ou emoção evocada pela arte. Este conceito, introduzido por Aristóteles em sua “Poética”, sugere que o teatro pode nos liberar de nossas paixões ao representar personagens e eventos que nos permitem vivenciar emoções de forma segura e controlada.

Esta experiência nos proporciona uma purificação emocional e psicológica, uma espécie de limpeza da alma através da arte. A catarse é um conceito fascinante que atravessa diferentes disciplinas, desde a filosofia e a arte clássica até a psicanálise moderna, Originada na Grécia Antiga. No contexto das artes, a catarse refere-se à liberação e purificação das emoções, proporcionando um profundo alívio psicológico.

Evolução do Conceito de Catarse na Psicanálise

Séculos após Aristóteles, o conceito de catarse foi adotado e transformado por Sigmund Freud, o pai da psicanálise que incorporou a ideia de catarse em seu trabalho terapêutico. Freud, juntamente com Josef Breuer, desenvolveu o método catártico enquanto tratava pacientes com histeria. Este método envolvia a reexperiência de traumas passados através da hipnose, facilitando a descarga emocional e a eventual superação do trauma.

O método catártico foi um dos primeiros passos de Freud em direção a criação da teoria psicanalítica. Ele descobriu que, ao ajudar seus pacientes a relembrar e reviver eventos traumáticos, eles podiam liberar emoções reprimidas e alcançar uma espécie de descarga psíquica. Este processo de liberação emocional, que Freud chamava de “abreação”, era fundamental para o alívio dos sintomas histéricos. A técnica envolvia a indução de um estado hipnótico leve, ou seja, um rebaixamente de consciência onde o paciente era encorajado a reviver suas memórias traumáticas.

A princípio Freud começou sua carreira utilizando a hipnose para tratar pacientes com distúrbios nervosos. Ele estudou hipnose com o famoso neurologista Jean-Martin Charcot em Paris, que usava a técnica para induzir estados de transe em pacientes histéricos. Freud ficou impressionado com o poder da hipnose, mas também notou as suas limitações dessa prática. Nem todos os pacientes eram suscetíveis à hipnose, e os resultados nem sempre eram duradouros, com isso ele percebe que os sintomas voltavam a longo prazo.

Transição da Hipnose para a Associação Livre

Devido às limitações que a hipnose proporcionava, Freud começou a explorar outras técnicas. Ele desenvolveu a técnica da pressão, onde pressionava a testa do paciente e sugeria que ele se lembrasse de eventos esquecidos. Este método era uma forma de indução de lembranças sem o uso de hipnose completa. No entanto, Freud logo percebeu que um método mais eficaz seria permitir que os pacientes falassem livremente sobre qualquer coisa que viesse à mente – um processo que ele chamou de associação livre.

A associação livre permitia que os pacientes explorassem suas próprias mentes sem as restrições da hipnose ou da sugestão direta do analista. Freud descobriu que, ao falar livremente, os pacientes frequentemente revelavam pensamentos e memórias reprimidas que estavam na raiz de seus problemas psicológicos. Esta técnica se tornou a pedra angular da psicanálise freudiana.

Conheça abaixo mais registros de outros adeptos da hipnose/método catártico utilizado em alguns momentos históricos:

  • Franz Anton Mesmer (1734 – 1815);
  • Armand-Marie-Jacques de Chastenet, Marquês de Puységur (1751 – 1825);
  • James Braid (1795 – 1860);
  • James Esdaile (1808 – 1859);
  • Ambroise-Auguste Liébeault (1823 – 1904);
  • Jean-Martin Charcot (1825 – 1893);
  • Ivan P. Pavlov (1849 – 1936);
  • Sigmund Freud (1856 – 1939);
  • Pierre Janet (1859 – 1947);
  • Milton Erickson (1901 – 1980);
  • Ernest Hilgard (1904 – 2001);
  • Theodore Sarbin (1911 – 2005);
  • Martin T. Orne (1927 – 2000);
  • Theodore X. Barber (1927 – 2005); Dentre outros.

ESCRITOS DE FREUD QUE FALAM SOBRE A HIPNOSE E A CATARSE ABAIXO:

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